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A visão de um pediatra sobre o hand spinner

A íntegra deste texto, escrito pelo Dr. Alok Patel, Pediatra Clínico da Columbia University College of Physicians and Surgeons, foi publicado no site da Medscape em 22 de junho de 2017, Leia aqui.

Achei muito interessante compartilhar, pois no Brasil os hand spinners são os brinquedos da moda, atraindo crianças de todas as idades. Há quem alegue que o brinquedo ajuda a lidar com o transtorno de déficit de atenção e a hiperatividade (TDAH), autismo, ansiedade ou estresse, melhorando o foco e a concentração. Mas eles funcionam? São seguros?

A Comissão de Segurança de Produtos Americana está investigando o dispositivo por questões relacionadas com incidentes de asfixia. As escolas americanas estão proibindo-os. Os especialistas americanos não endossam o uso deles. Na Irlanda, 200 mil dispositivos foram recolhidos para uma revisão de segurança.

Vale lembrar que qualquer coisa que caia nas mãos de uma criança pequena vai direto para a boca. Os rolamentos não são tão seguros e podem se alojar em sua garganta, e isso também é um risco especial para as crianças com atrasos no desenvolvimento, que parecem ser justamente o público-alvo da publicidade deste produto.

É demonstrado que algumas crianças com transtorno do déficit de atenção e/ou hiperatividade podem se beneficiar de uma certa atividade de fundo. Dois estudos, um publicado no periódico Journal of Abnormal Child Psychology e o outro no Child Neuropsychology, mostraram que algumas crianças com TDAH podem ter melhora da memória de trabalho ou do desempenho cognitivo ao praticarem uma atividade leve de coordenação motora geral. Mas, conforme diz o Dr. Alok, isso significa que atividades como andar e falar ao mesmo tempo, apertar uma bola de estresse, ou até mesmo sentar sobre uma dessas bolas infláveis ​​de exercícios enquanto faz a lição de casa podem ser benéficas para crianças com o transtorno do déficit de atenção e/ou hiperatividade.

Os hand spinners são fascinantes e bonitos, mas provavelmente apenas mais uma distração, não substituindo a terapia ocupacional ou comportamental baseada em evidências.

E os pais precisam estar atentos a esses brinquedos giratórios, assim como a qualquer outro brinquedo.

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