Você sabia que desde 2007 é proibido vender, importar ou fazer propaganda de andadores para bebês no Canadá? Na Europa e nos Estados Unidos existe um intenso movimento para implantar uma lei semelhante à canadense.
Andadores são equipamentos que, comprovadamente, só trazem prejuízos, sendo absolutamente inúteis no processo de aquisição da marcha e, acima de tudo, apresentando grandes riscos à integridade física e até mesmo à vida do bebê, como riscos de graves fraturas e traumatismos cranianos, queimaduras, intoxicações e até afogamentos. Nos acidentes mais graves, 80% ocorrem devido à quedas de escadas.
Apesar destes produtos não serem recomendados pelos pediatras e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, eles ainda são muito populares no Brasil. Há pais que alegam que o andador dá mais segurança aos bebês evitando quedas, dá maior mobilidade e independência, promove o desenvolvimento auxiliando no treinamento da marcha e permitindo certo exercício físico, deixa os bebês mais espertos e, ainda, mais fáceis de cuidar.
A literatura científica coloca por terra todas estas teses. A ideia de que o andador é seguro é a mais errada delas: um bebê não tem a mínima noção de perigo. Além disso, o andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, que engatinha menos e leva mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio.
Enquanto a proibição não chega ao Brasil, continuamos com estratégias educativas, contando com o bom senso dos pais para não exporem os bebês a um produto perigoso e absolutamente desnecessário.
Para os interessados em informações mais detalhadas sobre o assunto:
• American Academy of Pediatrics. Committee on Injury and Poison Prevention. Injuries associated with infant walkers. Pediatrics. 2001;108:790-2. http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/full/108/3/790. • Taylor B. Babywalkers. BMJ. 2002;325:612. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/325/7365/612. • Health Canada. Baby Walkers (Banned) & Stationary Activity Centres. http://www.hc-sc.gc.ca/cps-spc/child-enfant/equip/walk-marche-eng.php
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (www.sbp.com.br)